Passei grande parte de minha vida detestando os domingos. Sempre os associava a dias tristes, a um fim de algo que não queria que terminasse, a solitários e nostálgicos momentos.
Os meus domingos se transformaram, saíram do
casulo e voaram em direção a horizontes de outras cores.
Descobri pequenos prazeres como dividir uma
cerveja com meu marido enquanto cozinho alguma comida sem receita, nem
ingredientes difíceis de se encontrar; é nesse dia também que eu me dedico à
cuidar de meu jardim, tirando as folhas secas, regando e mimando minhas flores.
Domingo é dia de ver filme com os pés entrelaçados aos dele e comer pipoca, de tomar sorvete e
passear no parque de mãos dadas, conversando trivialidades, observando o cair da
tarde sem pressa, vendo as pessoas se exercitarem em sus patins e bicicletas. E eis que o meu Domingo se transforou em um poema.
O tempo amadureceu aqui dentro e lá fora.
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