10 fevereiro, 2011

Eu não posso ser o que não sou

Não choro quando deveria chorar, nem rio com trancas. Deveria comover-me mais perante o mundo, mas eu passo alto, vôo pra longe do que me deixa triste, do que me incomoda, porque dentro de mim já há tanto!

Doi-me ver animais abandonados e idosos que caminham só. Não me dói outras coisas das quais as pessoas se escandalizam. Sou insensível à muitos, pois poucos me comovem. E a esses poucos eu dou o meu coração, o meu corpo e a minha alma.

Não é por dinheiro, não é por conhecimento, nem poder. É simplesmente por amor. E esse brota sem querer, sem ser mandado.

Julgam-me ruim e egoísta. Mas por quê? Por que eu não sinto o mesmo que eles? Por que eu deveria me atirar aos pés das pessoas e ser uma segunda Madre Teresa?

Sorry, mas isso não acontece. Eu sou o que sou e nem por isso amo menos nem sou pior. Mas termino sendo uma outra a tantos olhos. Mas isso pouco me importa.